Parábola do Rei Morto
Vergílio Alberto Vieira
Uma reflexão sobre Portugal e os Portugueses, a partir dos tempos conturbados, do seu nascimento até às sombras da sua vida e morte e a consequente perda da independência. A figura mítica de Dom Sebastião é aqui trazida “ao convívio” dos públicos, em episódios que refletem, a intriga e a luta política, no seio do reino, sobre a entrega ou não do império a Castela; a figura do Rei, o papel da sua avó Catarina de Áustria e o do cardeal Don Henrique, dos seus Mestres e do Povo; da sua própria personalidade e ação no que conduziu a Alcácer Quibir; ao seu desaparecimento, à atribulada sucessão e perda da independência que se seguiu, dando lugar a uma matriz identitária do nosso pensamento coletivo, que nos acompanha até hoje. A relevância da nossa capacidade de “espera e sofrimento”, enquanto povo e nação, assente em perceções e presságios inquisitoriais, aliada a essa quimérica promessa sebástica de um quinto império messiânico, surgido do nevoeiro, desde Bandarra, a Pessoa, a Natália, a Cesariny, à crónica do Rei Sebastião e de outras leituras coevas. E como não conseguimos ainda sair desse nevoeiro mental.
Autor Vergílio Alberto Vieira
Encenação e dramaturgia Rui Madeira
Cenografia Rui Madeira e Manuela Bronze
Figurinos Manuela Bronze
Interpretação André Laires, Carlos Feio, Eduarda Filipa, Jaime Monsanto, Rogério Boane, Silvia Brito e Solange Sá
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