Desde “Quest” (Shhpuma, 2014), que Joana Gama e Luís Fernandes mantêm um diálogo contínuo, que aceita rupturas constantes e novas explorações sonoras. A continuidade existe na harmonia do seu trabalho, o encontro das linguagens, uma comunicação que respeita os seus ritmos e que sabe responder a desafios. “There’s no knowing” (Holuzam, 2022) abre com o piano de Gama ao qual a electrónica de Fernandes se vai juntando. A peça cresce numa espécie de sussurro entre os dois e desenvolve-se num progressivo jogo de proximidade. O quinto álbum é uma aventura pulsante e tem origem no convite para a criação da banda-sonora de “Cassandra”, com direção artística de Nuno M. Cardoso.