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- Endgame
Samuel BeckettOlhamos à volta e não vemos ou procuramos não ver. Se vemos, quase não acreditamos possível. Se vemos melhor, a miséria está aí. Perto, dentro de portas. Na casa ao lado. Na rua de cima. Longe, filtrada pelo ecrã, distorcida pela narrativa, real nos corpos mutilados, nos mortos-vivos, nos vivos-mortos.
Mais perto ainda, dentro de nós.
Se olharmos com uma boa lente, de grande alcance, uma lente que atravesse tempo e espaço, reconheceremos a eternidade, a inevitabilidade, a absurdidade de tudo isto.
E o humano, demasiado humano, profundamente desumano, portanto, de tudo isto.
Também nas palavras, repetidas, gastas, fragmentadas, gastas, reditas, gastas, e continuadas, sem descanso. À procura do sentido inexistente, negado, reiteradamente negado, do que que somos, quem, quando, onde, porquê – para quê, afinal.
Esta é a matéria de Beckett, esta é a matéria dos dias que vivemos.
Esperança? Residual, uma partícula no universo. No Teatro, talvez, ainda, apesar de tudo.Texto Samuel BeckettTradução Sílvia BritoEncenação Sílvia Brito
Elenco André Laires, Carlos Feio, Eduarda Filipa e Rogério Boane
Endgame
Samuel Beckett
Samuel Beckett
Olhamos à volta e não vemos ou procuramos não ver. Se vemos, quase não acreditamos possível. Se vemos melhor, a miséria está aí. Perto, dentro de portas. Na casa ao lado. Na rua de cima. Longe, filtrada pelo ecrã, distorcida pela narrativa, real nos corpos mutilados, nos mortos-vivos, nos vivos-mortos.
Mais perto ainda, dentro de nós.
Se olharmos com uma boa lente, de grande alcance, uma lente que atravesse tempo e espaço, reconheceremos a eternidade, a inevitabilidade, a absurdidade de tudo isto.
E o humano, demasiado humano, profundamente desumano, portanto, de tudo isto.
Também nas palavras, repetidas, gastas, fragmentadas, gastas, reditas, gastas, e continuadas, sem descanso. À procura do sentido inexistente, negado, reiteradamente negado, do que que somos, quem, quando, onde, porquê – para quê, afinal.
Esta é a matéria de Beckett, esta é a matéria dos dias que vivemos.
Esperança? Residual, uma partícula no universo. No Teatro, talvez, ainda, apesar de tudo.
Mais perto ainda, dentro de nós.
Se olharmos com uma boa lente, de grande alcance, uma lente que atravesse tempo e espaço, reconheceremos a eternidade, a inevitabilidade, a absurdidade de tudo isto.
E o humano, demasiado humano, profundamente desumano, portanto, de tudo isto.
Também nas palavras, repetidas, gastas, fragmentadas, gastas, reditas, gastas, e continuadas, sem descanso. À procura do sentido inexistente, negado, reiteradamente negado, do que que somos, quem, quando, onde, porquê – para quê, afinal.
Esta é a matéria de Beckett, esta é a matéria dos dias que vivemos.
Esperança? Residual, uma partícula no universo. No Teatro, talvez, ainda, apesar de tudo.
Texto Samuel Beckett
Tradução Sílvia Brito
Encenação Sílvia Brito
Elenco André Laires, Carlos Feio, Eduarda Filipa e Rogério Boane
Elenco André Laires, Carlos Feio, Eduarda Filipa e Rogério Boane
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