Theatro Circo
 
Theatro Circo
100 Anos de história

21 de Abril de 1915

O Theatro Circo foi idealizado pela primeira vez em 1906, por um grupo de bracarenses liderado por Artur José Soares, José António Veloso e Cândido Martins. Nessa data, a cidade possuía apenas o pequeno Teatro São Geraldo, vindo, assim, o Theatro Circo satisfazer as necessidades da cidade que, tal como o resto do país, assistia a um grande desenvolvimento teatral. Em 1911, o projeto começou a tomar forma pela mão do arquiteto João de Moura Coutinho e, a 21 de Abril de 1915, o Theatro Circo foi inaugurado, coincidindo com um período de grande desenvolvimento económico e social em Braga.

Ao longo de décadas, o espaço foi readaptado a novas necessidades impostas pela própria evolução dos tempos e adquiriu novas valências, sendo de destacar a instalação do cinema sonoro. Pelo seu palco, passaram grandes artistas de renome internacional da época, como a violoncelista Guilhermina Suggia, o violinista Isac Stern e o pianista Arthur Rubenstein, as Orquestras Nacionais de Florença, Praga, Madrid ou Viena, a Ópera de Londres, entre muitos outros. Porém, não resistindo à concorrência de novas salas de cinemas e da televisão, e, a par da euforia revolucionária que se fez sentir até princípios dos anos 80, o declínio do equipamento e das suas funções acentuou-se, dando início a uma discussão na cidade sobre o futuro do Theatro Circo.

Década de 80 e 90

Em 1986, a Companhia de Teatro de Braga tornou-se companhia residente do Theatro Circo e, para além de assegurar produção teatral própria também assumiu responsabilidades na programação artística. Um ano depois, e tendo em consideração a grande importância sócio-cultural e patrimonial do equipamento, a Câmara Municipal de Braga adquiriu a quase totalidade do seu capital acionista, assumindo desta forma a importância estratégica deste equipamento na política cultural da Autarquia. Em finais dos anos 80 e durante quase toda a década de 90, o Theatro Circo continuou a assegurar uma programação diversificada de teatro, cinema, ópera, bailado, música, exposições e ações de formação.

O Restauro

O processo de remodelação teve início em 1999, tendo o Theatro Circo sido submetido a profundas obras de restauro e requalificação, numa decisão do Executivo Autárquico que deu sequência a um protocolo estabelecido entre a Câmara Municipal de Braga e o Ministério da Cultura, co-financiado pelo FEDER.

A requalificação, constituída pelo restauro de todo o imóvel com total respeito pela sua arquitetura e pelo reforço e consolidação da estrutura e sua segurança, teve por objetivo a reconversão do Theatro Circo num grande complexo cultural, capacitado com a mais atual e completa tecnologia cénica e sonora, capaz de responder às necessidades da arte contemporânea nas suas mais variadas dimensões.

Para além da Sala Principal, com lotação de 897 lugares, o equipamento foi complementado com duas novas salas: um Pequeno Auditório com 236 lugares e uma sala de ensaios. Foi ainda aumentada a sua capacidade nas zonas de apoio com a dotação de novos camarins e armazéns. A requalificação incluiu ainda a reposição da traça original do Salão Nobre, libertado agora das alterações que foi sofrendo ao longo dos anos.

Todo este processo culminou a 27 de Outubro de 2006 com a reabertura do Theatro Circo, num momento de celebração marcado pela atuação da Orquestra Sinfónica Nacional Checa, que devolveu à cidade uma sala de imponência invulgar e de beleza arquitetónica difícil de suplantar por qualquer outra sala, portuguesa ou europeia.

Dois anos após a conclusão das obras, em 2008, a Autarquia adquiriu as restantes ações e tornou-se detentora de 100% do capital da empresa.

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